quinta-feira, 4 de julho de 2013

Paciência de Jó

Mais uma vez aqui estou
Para afogar minhas mágoas e anseios.

Tentei me relacionar melhor
Ser mais aberto, espontâneo
Falar mais sobre mim e meus amigos
E deu em quê? Em nada. E pior:
Teve efeito inverso!
Já não mais consigo entendê-los...
Se me tranco em mim mesmo
Dizem que sou fechado demais
Que sou alheio ao giro do mundo
Se faço menção de me abrir
De ser mais amigo
Sou uma pessoa que não luta
Por seus ideais, que espera tudo
Cair do céu, aparecer do nada.
Deus sabe o quanto tento e tentei
Agir como amigo
E o que ganhei em troca?
Mais pancadaria verbal
Mais e mais...
Cada vez mais...
Bateram no meu rosto e,
Mesmo mostrando-lhe a outra face,
Novamente o fizeram.
Espero que eu já tenha sido exonerado
Desta obrigação por enquanto...
Agora, o que está em jogo
É a minha auto-estima.
Não posso outra vez
Dar meu rosto à tapa,
Meu espírito não mais aguentará
Toda essa sangria
Toda essa humilhação
Tudo enfim...
Já chega!
Uma coisa já deu para perceber:
Terei que lutar pelo meu êxito.
Ainda assim, terei que ser
Forte e paciente o suficiente
Para ouvir todas aquelas palavras agudas
E para esperar o dia seguinte, que,
Com certeza será bem melhor.

"Eles podem murchar uma, duas ou até três flores, mas nunca conseguirão deter a primavera." (Che Guevara).

11/03/2002

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