quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ausente amiga

Olá, quanto tempo!
Tudo bem?
Nunca mais conversamos
Perdi seu trem.

Lembro dos tempos passados
Em que tu me socorrias
Quando eu bem cansado
Já nem mais sorria.

Hoje nem sei como contigo falar
As palavras antes fartas se escondem
É a perda de um hábito praticar,
Ou meu coração endureceu também?

É, cara amiga, desculpe o meu jeito
O tempo roubou nossa intimidade
É minha falta, perdoe meu defeito
Não soube cultivar nossa amizade

O que será que aconteceu,
Onde foi que erramos?
Que bixo nos mordeu,
Afastamo-nos do que amamos?

Será que amadureci a ponto de achar
Que conversar contigo é perder tempo?
Essa selva de pedra que enfrento
Modificou-me tanto assim por dentro?

São Paulo me trouxe o casco da tartaruga
Copiei da lebre sua rapidez e agilidade
É duro e penoso o processo de aprendizado
De quem nas pessoas não enxerga maldade

Acredite, nunca me esqueci de você.
Meu silêncio do contrário pensar te fazia
Mas hoje uma lágrima fez meu rosto umedecer
E logo vi-me falando contigo, amiga poesia.

Ricardo M. Valença – 12/09/2010.

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