sexta-feira, 5 de julho de 2013

Amanhã menor serei

Existe em mim um constante vazio
Uma busca constante por algo
Algo que não aprendi a definir
Algo que só consigo sentir.

Sinto uma necessidade constante
De me ausentar até de mim mesmo
De ir a um lugar distante
De escutar ao esmo.

Necessidade de compreender quem eu sou
Afinal, de onde venho e para onde vou?
Quem sou eu, quem é você?
Preciso apenas entender.

Qual o sentido disso tudo,
Por que preciso ficar mudo
Para aprender a falar?
E sofrer para amar?

No cume alto do meu egoísmo
Fecho-me como um cofre
Disposto a descobrir meu próprio segredo
E ignorar qualquer forma de medo.

Se me acho, se me perco, nunca sei ao certo
Como essa poesia de estrofes assimétricas
Assim me vejo a caminhar sem caminho
Tudo que tenho em mente é uma indagação.

E quanto mais me busco
E quanto melhor me conheço
Quanto mais miro o infinito
Mais me assusto com minha pequenez.

Sou falho, fraco e tenho tantos defeitos
Reconheço-me como tal sem medo ou espanto
Mas existe em mim também uma luz
Graças ao Mestre que me auxilia e conduz.

A cada pequena coisa sou grato
Pois de tudo busco retirar uma lição
Se hoje pequeno sou, amanhã menor serei
Como dizia um Mestre, só sei que nada sei.

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