quinta-feira, 4 de julho de 2013

Distante amigo

É difícil dizer
O que sinto por você
Às vezes acho que sou tolo
Por me entregar de vez assim
A alguém que tô achando
Que não gosta de mim

Não sei se foi ilusão minha
De achar que poderíamos
Ser algo mais que amigos
Fico triste em perceber
Que você não tá nem aí
Você nem liga pra mim
E eu com cara de palhaço
Me enganando dizendo que
Pode ser diferente
Me agarrando em cada sorriso teu
Como querendo que fosse meu
Mas a verdade é que
Esse tempo todo
Só eu me mostrei interessado
Hoje estou apaixonado
Por alguém que nunca me deu chance
Eu criei minha dor
Eu plantei esse amor
Agora colho os frutos
Da árvore da desilusão

Se você soubesse como fiquei feliz
Quando você quis
Marcar um dia pro cinema
Foi você que aceitou
Meu coração acelerou
Mas pena…
Pena que nunca passou de palavras
Um cinema de palavras

Mas tudo bem
Já era hora de eu acordar
De cair na realidade
Mesmo que a verdade
Seja dura de se encarar
E é assim, hoje,
Que eu decido abandonar
O plano de te conquistar
Já chega de me acabar
Em solidão…
Lavando o rosto com as lágrimas
Vertidas nas poesias
E só as poesias foram a ajuda
Foram o consolo
Só elas faziam novamente brotar
O sorriso em minha face
Pois de ti nada tive
Nunca nada tive
Além de uma distante amizade.
E é assim que agora serei:
Um distante amigo.

Ricardo M. Valença – 03/04/2006.

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