Às letras familiarizo-me com facilidade
Encontrando com as mesmas conexão
Busco dos sentidos sorver a verdade
E permito-me cair em reflexão
Difícil é, para mim, explicar
Aquilo que sinto em meu ser
Que árdua tarefa de nominar
As impressões que permito-me ter
Não é em vão, bem sei
Mesmo sendo razão ainda desconhecida
Em minh’alma reside a certeza
Do que na consciência é adormecida
Que bonita é a filosofia
Desde sua etimologia
À sua aplicação prática
Em nossa vida não enfática
Respirar o aroma das palavras
E degustar delas o paladar
É alçar vôo longínquo
Que idiomas não podem explicar
A bem da verdade
Nesta arte sou ainda neófito
Busco em sinceridade
Permanecer neste propósito
Óh Sol, que bela luz irradia
Rogo-te, ilumina-me por completo
Sabes que dedico-me com primazia
Para ver o que a mim é secreto
Contemplar o simples e belo
É minha necessidade diária
Permita que esse poema singelo
Esteja sob tua luz refratária
Permaneço em imensa gratidão
Por aquilo de que sou portador
Irei subir o monte em solidão
Alcançar o que tem maior valor.
RMV – 12/10/2011.
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